quarta-feira, 9 de novembro de 2011

O namoro e os docinhos

Um artigo na revista americana 'Time' deixou uma imagem gravada em minha mente: uma criancinha sentada sozinha em um quarto, com os olhos fixos em um docinho. Esta foto estranha capta os sentimentos que tenho no conflito de confiar em Deus para cuidar do meu futuro estado civil.


O tema do artigo não era relacionado com namoro - e nem com docinhos. Era sobre uma pesquisa feita com crianças. Os primeiros parágrafos diziam assim:
Ao que tudo indica um cientista pode prever o futuro ao observar crianças de quatro anos de idade interagirem com um docinho. O pesquisador convida as crianças, uma de cada vez, em um quarto comum e começa o seu gentil tormento: “Você pode comer este docinho agora”, ele diz, “mas se você esperar até que eu resolva um assunto, você poderá ficar com dois docinhos quando eu voltar.” E então ele vai embora. Algumas crianças agarram o doce no minuto que ele sai pela porta. Outros duram alguns minutos antes de desistirem. Mas outros estão determinados a esperarem. Eles cobrem os olhos; abaixam a cabeça; ficam cantarolando; tentam brincar ou até mesmo caem no sono (rs). Quando o pesquisador retorna, ele dá a estas crianças os seus “suados” docinhos. E então a ciência aguarda até que cresçam. Quando as crianças chegam ao ensino médio, algo impressionante aconteceu. Uma enquete entre os pais e professores das crianças levantou que aqueles que, aos quatro anos de idade, tiveram a esperar pelo segundo docinho geralmente se tornavam adolescentes mais ajustados, mais populares, aventureiros, confiantes e de confiança. As crianças que logo caiam na tenta­ção eram mais suscetíveis a serem solitários, teimosos e se frustravam facilmente. Eles se dobravam sob pressão e se intimidavam com desafios. Obviamente, a moral da história é que desenvolver o caráter necessário para adiar uma satisfação em pequenas áreas pode se traduzir em grande sucesso em outras áreas. Mas as crianças de quatro anos de idade no estudo não sabiam disso. Eles não resistiram ao docinho desejando obter melhores notas no ensi­no médio. Eles superaram a vontade de comer o docinho por­que eles tinham fé - eles podiam vislumbrar o momento quan­do o simpático homem de roupa branca retornaria com dois docinhos. Eles perseveraram porque eles tinham confiança.
Esta história realmente me encoraja. Algumas vezes en­quanto espero pelo tempo de Deus para o romance, enfrento os mesmos conflitos internos que aqueles garotinhos devem ter enfrentado. Como o docinho que atrai a atenção do menino, o namoro me chama pelo nome. E deixe-me dizer isso, parece uma delícia! Por que eu não pego logo? E por que você não? Porque Deus prometeu algo melhor. Ele provê algo melhor agora ao aproveitarmos as oportunidades únicas de estar solteiro, e ele proverá algo melhor depois quando entrarmos no casamento. Mas precisamos ter fé para crer nisso. Como aquelas criancinhas, somos deixados a sós com algo que poderia nos satisfazer imediatamente. E não conseguimos enxergar a re­compensa de adiar a nossa satisfação.
Isso nos leva à seguinte questão: Você confia em Deus? Não me venha com uma resposta pronta da escola dominical. Você realmente confia Nele? Você vive a sua vida como se con­fiasse Nele? Você crê que abrindo mão de algo bom agora por ser a hora errada Deus irá trazer algo melhor quando for a hora certa? Pense nisso ;)


Tirado do livro 'Eu Disse Adeus ao Namoro', de Joshua Harris 

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